o convite na porta (nada óbvia, escondida numa rua perpendicular a outra, na qual raramente passo de dia :P ) é simples e atraente:
“se gosta de jazz, entre!”. gosto, pois!
mas não é uma sala de concertos, ou uma escola de música. pasmem os incautos: é um cabeleireiro. aliás, um cabeleireiro e espaço cultural. tem a forma de um corredor: de um lado as cadeiras de lavagem e corte, brancas e restauradas, e do outro, na parede comprida, um espaço de exposição. a ideia é genial: enquanto o pedro corta o cabelo (e não se fala muito, porque a concentração é quase absoluta na mestria impressionante com que gira as tesouras), através do espelho consegue-se ter uma visão da arte atrás. e jazz. como música ambiente e em cima do balcão em formato concerto, num ecrã plano.
ao fundo deste corredor, uma pequena sala de espera, com revistas como a umbigo e a wallpaper, e saída para uma “praça secreta”…
explorem, e mais importante, visitem, e voltem com o cabelo a cheirar a mel ou pêssego.

(obrigado pela visita guiada, padrinho :P)