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in portugal

holidays

with sore muscles and a smile on my face, i return home to braga, with a couple of things in mind. one of them is to make room for someone who’ll come and sleep in my room, and basically live where i have been living for the most of these 4 years. i thought it would be easier – it isn’t. i’m not an organized person, everything gets cluttered in shelves and around my desk. also, to make things worse, i have a huge attachment to lots of little things, and can’t seem to get rid of them. even things like newspapers and magazines – i have tons of them, but keep thinking “someday i’ll cut them into scraps and make something nice, or maybe i’ll need them to wrap something :) “… when i grow up, i’ll have a huge house, with a huge basement and a bigger attic… by the way, here are some pics of my new place.

i’ll be in the algarve till the end of the month, then back to braga for packing the rest of the stuff, and then meiadeleite.com will start to be written 2200 km above this place. in the meanwhile, you can still reach me here. (i may take a while to answer, though…)
take care!

ps – and my new minolta has arrived! yay! :D

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in portugal

drave

“Uma Aldeia perdida numa cova entre as Serras da Freita e S. Macário, situada no Concelho de Arouca, isolada do mundo, habitada apenas por dois anciãos da grande Família dos Martins. É um aglomerado de casas de xisto que se confundem com as cores da Serra, construídas em tomo de uma Capela que, de há algum tempo a esta parte, é branca e coberta de telha. No fundo da Aldeia, confluem três ribeiras. Ao seu redor, algumas leiras para cultivo e um velho sobreiral. Abundam as colmeias. As cabras habitam os montados, vigiadas por pastores das povoações das redondezas.
O acesso por meios motorizados é impossível.

Se parece perdida no espaço, esta mesma sensação não é menor em relação ao tempo. A degradação vai impondo as suas marcas e o desmoronar progressivo das velhas paredes, após os telhados, é um processo há muito em curso que ameaça a sobrevivência de uma Aldeia das mais belas entre as típicas Aldeias serranas do interior português.
É uma terra que parou. Onde o progresso não chegou. Onde os sons que se ouvem são apenas e ainda, os dos elementos da natureza aliados aos dos mais rudimentares instrumentos com que o Homem age sobre ela, numa relação estreita de harmonia e sobrevivência árdua: a água que corre e tomba pelos socalcos íngremes das encostas, a voz altiva e solene das rapinas e o canto amigo das pequenas aves, o vento a brincar por entre os poucos Castanheiros, Sobreiros e Pinheiros e arbustos rasteiros. A sobrepor-se, não mais que a voz cansada dos que a habitam, o soar lento e compassado da enchada ferindo a terra ou o chiar já raro do carro de bois. “

(do site)

ainda existem sítios assim, sem aquele barulho de fundo da tecnologia que aprendemos a ignorar mal nascemos?

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in portugal

ik will survive

queridos, porém abandonados leitores (à laia das mothern),

os dias vão atribulados (e recheados), entre subidas de 1000 metros (a pé e a suar, pois claro), escorregas num parque aquático, visitas a parques eólicos e a um acampamento com 2500 escuteiros (!!), compras com a mãezinha e corridas à loja do cidadão e muitos kilómetros no banco de trás do fiesta, com direito a dor de costas e tudo…
segue-se um fim de semana e um dia de visita à drave, para trabalhar e disfrutar, porque a paisagem e o ambiente prometem… :) depois conto mais, quando o acesso à net ajudar!

um abraço grande para todos (e saudades de vos ler, também)!

ana

ps – renato, obrigado pelo postal! :)

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in portugal just life

carpe diem

tenho updates para fazer. dois sites para desenhar. um para redesenhar. um para cobrir com qualquer coisa que fique bem. alguns ajustes em alguns, espalhados. dois postais para enviar. alguns artigos para escrever. uma casa para limpar, e outras duas para, bem, manter limpas. uns dias para passar na aldeia.
uns para passar noutra aldeia, ainda mais remota. uns dias para ir visitar amigos, uns dias para ir para o algarve com os pais. tratar de burocracias. viver recordações. ir às compras. abraçar a daniela tantas vezes quantas conseguir. testar a máquina nova, quando chegar. escrever uns posts, de vez em quando…

e um mês menos um dia para gastar. agosto promete. :)

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in the netherlands

people and suitcases

“Don’t leave your wet towel on the table.
It’s time to start straightening up.
In a month or so, another summer will be over.
What a sad demobilization, putting away bathing suits,
sunglasses, short-sleeves, sandals,
twilight colors on a luminous sea. Soon,
the outdoor cinemas will be closed, their chairs
stacked in a corner. The boats will sail
less often. Safely back home, the lovely tourist girls
will sit up late, shuffling through color glossies
of swimmers, fishermen, oarsmen–not us. Already,
up in the loft, our suitcases wait to find out
when we’ll be leaving, where we’re going this time,
and for how long. You also know that inside
those scuffed, hollow suitcases there’s a bit of string,
a couple of rubber bands, and not a single flag.”

–Yannis Ritsos

(because today my dad bought me a bunch of suitcases, subtly reminding me that in a month or so, summer will be over…)